Manifestantes fazem ato contra reforma da Previdência

Manifestantes fazem ato contra reforma da PrevidênciaManifestantes promoveram nesta segunda-feira (19/02/2018) atos em diversos estados contra a reforma da Previdência. A mobilização foi organizada por centrais sindicais e movimentos sociais.
Que ninguém, nunca mais, ouse duvidar da capacidade de luta dos trabalhadores”. A emblemática frase do presidente Lula define esse 19 de fevereiro, Dia Nacional de Lutas, Paralisações e Manifestações contra a reforma da Previdência. Enquanto todo o Brasil se agitava com o grito de “eu quero me aposentar” e “Fora Temer”, o presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira, confirmou a derrota do governo golpista e finalmente afirmou que a PEC 287/2016, que institui o fim das aposentadorias, está fora da pauta da Câmara.
Como forma de abrandar o fracasso – mesmo após os mais variados e inescrupulosos acordos com parlamentares e empresários –, o governo ilegítimo alegou o decreto de intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, previsto até dezembro. Segundo a Constituição Federal, é proibida a aprovação de emendas constitucionais durante a vigência de intervenção federal. Mas, na realidade, o recuo do governo foi causado por não conseguir alcançar os 308 votos necessários para a aprovação da medida. É importante ainda lembrar que, no ano passado, a reforma da Previdência também foi barrada diante da greve geral em maio e de ato histórico na capital federal.
“Essa é uma vitória da classe trabalhadora. Se eles não conseguiram reunir os votos necessários, foi porque nós fomos às ruas, nós pressionamos parlamentares. Nós deixamos claro que, se a tal reforma fosse aprovada, o Brasil ia parar e quem votasse, não voltaria. E vamos continuar fazendo isso. Nós não vamos aceitar a reforma da Previdência e o fim das aposentadorias. Vamos nos manter firmes contra esse governo golpista e suas reformas temerárias”, afirma o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto.
“Mais uma vez o governo recuou e estendeu uma cortina de fumaça, colocando o exército contra o povo no Rio de Janeiro. Nós dizemos não à reforma da Previdência e à intervenção militar, e vamos eleger um presidente legítimo, porque esse golpe que está arrancando direito da classe trabalhadora não será, e nunca foi, tolerado por nós”, complementou o secretário-geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues.

Fonte: CUT-DF