A Polícia Civil do DF (PCDF) deflagrou em dezembro de 2019, a Operação Beirute, contra grupos suspeitos de grilagem de terras no Distrito Federal. Segundo investigações, os membros agiam no Gama e no Altiplano Leste (Paranoá).
As investigações, de responsabilidade da Delegacia Especial de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema), tiveram início em março deste ano, quando alguns suspeitos foram flagrados cometendo o parcelamento irregular do solo em região do Paranoá. Com o passar dos meses, descobriu-se que há grupos envolvidos na construção de diversos condomínios irregulares em todo o DF, que eram vendidos posteriormente. Uma chácara, por exemplo, foi vendida recentemente por R$ 500 mil.
Ainda de acordo com as investigações, os suspeitos utilizavam ameaças e extrema violência para invadir as terras, portando arma de fogo por vezes. Em posse dos espaços, eles falsificavam documentos para colocar os terrenos à venda. Muitas vezes, os compradores davam imóveis e carros de luxo como pagamento. Os bens, então, eram registrados em nomes de terceiros, no intuito de ocultar os criminosos.
Foram deflagrados, ao todo, 29 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão. Até a última atualização desta matéria, os agentes haviam prendido seis pessoas e duas armas no Altiplano Leste, no Paranoá.
Após serem capturados, os suspeitos responderão pelos crimes de organização criminosa, parcelamento irregular do solo para fins urbanos, dano ambiental, incêndio, coação no curso do processo, disparo de arma de fogo, uso de documento falso, incêndio e lavagem de dinheiro.