Secretários de Segurança Pública pedem volta de Ministério da área

Secretários de Segurança Pública de vários estados e do DF  querem a volta do Ministério da Segurança Pública. A decisão  saiu da reunião do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp),  que aconteceu na quarta-feira (22/1), na residência oficial de Águas Claras. No mesmo dia foram falar com o presidente da República, Jair Bolsonaro, para pedir que o Ministério da Segurança Pública seja recriado. Atualmente, a área está vinculada à Justiça e é comandada pelo ex-juiz Sergio Moro. Representantes de 20 unidades da Federação participaram da reunião.

Anderson Torres, secretário de Segurança Pública do DF,  foi um defensores da proposta de que a área volte a ter um ministério independente. No encontro com representantes doo Estados da federação, Torres defendeu que a melhora nos índices de segurança pública no país são resultados de ações bancadas por investimentos compostos, na maior parte, por recursos dos próprios estados.

A recriação do ministério, na visão dos secretários, poderia facilitar a implementação efetiva da Política Nacional de Segurança Pública e garantir mais recursos para a área.

Crise

O pedido dos secretários ocorre no momento em que da crise do Governo do Distrito Federal com ações do Ministério da Justiça e de Segurança Pública por causa da permanência de líderes de facções criminosas na Penitenciária Federal em Brasília.

Anderson Torres informou que enviou ofício ao ministro da Justiça, Sergio Moro, em que questiona a falta de informações sobre acontecimentos envolvendo integrantes de facções criminosas no Distrito Federal.

Segundo Torres,  deduz-se, das informações divulgadas recentemente, que “estamos próximos a um incidente que extrapola os muros da unidade prisional federal e tem a capacidade de expor a sério risco a vida, a tranquilidade e o patrimônio dos cidadãos que aqui residem”.

A recriação do ministério tiraria poder das mãos do ministro Sergio Moro, que hoje comanda os dois setores. Em março, quando Marcola foi transferido para Brasília, o governador Ibaneis Rocha (MDB) criticou o ex-juiz e afirmou que ela não entendia nada de segurança pública.

Sair da versão mobile