Desde muito jovem, Frank Barroso nutria um amor pela leitura e pela escrita. Já aos 9 anos de idade, ele vendia jornais e revistas, o que lhe proporcionava a oportunidade de adquirir dois exemplares diários e ter acesso a revistas renomadas, como Veja, “Isto É” e Super Interessante, além de uma vasta coleção de livros e gibis de história em quadrinhos. Foi assim que o jovem Frank se envolveu com o mundo da comunicação.
Seu primeiro contato efetivo com o jornalismo foi por meio de um mimeógrafo. Frank lançou duas edições de seu próprio jornal, intitulado “O Comunicante”, imprimindo-o em uma escola e conseguindo patrocínio para o papel utilizado. Com formato A4 dobrado e 8 páginas, esse empreendimento representou o primeiro passo de Frank no universo do joranlismo. Na terceira edição, ele buscou maior qualidade e passou a imprimir o jornal em uma gráfica, utilizando a tecnologia offset. Nesse período, Frank aprendeu a diagramar e montar a arte do jornal de forma manual, e até mesmo a produzir folhetos utilizando a tecnologia da linotipia, em que as letras eram montadas uma a uma. Essa fase exigia bastante paciência e dedicação.
Após um ano (em 1984), Frank Barroso passou a montar seu jornal utilizando uma máquina de composição, pois ainda não havia aplicativos de computador para a criação de colunas de jornal. Toda a arte era feita manualmente, à mão. Com o tempo, o alcance dos jornais de Frank foi crescendo. Enquanto o mimeógrafo permitia a produção de 2.000 exemplares, na gráfica, a tiragem aumentou para 5.000. Frank contava com o apoio de diversos comerciantes locais, graças à sua seriedade, dedicação aos estudos e envolvimento com a comunidade. Dessa forma, ele se tornou uma figura respeitada e ativa na região.
Essa primeira experiência abriu portas para Frank Barroso e possibilitou sua articulação com nomes importantes da imprensa em Brasília. Aos poucos, ele foi ganhando espaço e reconhecimento. Mais tarde, Frank criou um jornal comunitário chamado Gama Notícia. No entanto, devido aos compromissos acadêmicos, ele precisou interromper sua produção. Somente em 1989, aos 23 anos, Frank voltou ao jornalismo a convite de alguns amigos para participar do jornal comunitário Folha do Gama, que era impresso quinzenalmente no formato padrão dos jornais grandes. Frank Barroso ficou como editor responsável da Folha do Gama até o ano de 2003, quando começou sua mudança para a cidade de Uberlândia, em Minas Gerais.
Antes da Folha do Gama, Frank Barroso teve a oportunidade de trabalhar no Jornal de Brasília, um importante veículo da capital brasileira. Lá, ele trabalhou sob a direção de Oliveira Bastos, um renomado jornalista que havia fundado o Última Hora no Rio de Janeiro. Foi através da repórter da TV Globo Beatriz Castro, que Frank conheceu Oliveira Bastos. Posteriormente, Oliveira criou o Última Hora em Brasília e chamou Frank Barroso para trabalhar ao seu lado, realizando reportagens sobre as reivindicações das comunidades nas cidades satélites.
Ao longo de sua carreira, Frank Barroso produziu inúmeros jornais para sindicatos, empresas e parlamentares. Seu trabalho na área impressa foi considerável, mas atualmente ele prefere dedicar-se à produção de conteúdo para a internet. A transformação digital tornou-se preponderante, e embora alguns jornais impressos ainda persistam, Frank opta por contribuir de forma mais sustentável, sem o uso de papel ou tinta, evitando a destruição de árvores. Atualmente Frank prefere mesmo produzir conteúdo para internet.
A história de Frank Barroso no jornalismo é marcada por sua dedicação, perseverança e busca constante pela inovação. Sua trajetória ao longo dos anos mostra como ele acompanhou as mudanças dessa área tão dinâmica, desde os tempos do mimeógrafo até a era digital, adaptando-se às transformações e aproveitando as oportunidades que surgiram. Sua paixão pela comunicação e seu compromisso com a informação são valores que o impulsionaram ao longo de sua carreira e garantem seu lugar na história das cidades onde viveu.