Sempre gostei de ler e escrever. Eu vendi jornais e revistas entre 9 e 12 anos de idade. Com isso tinha dinheiro para comprar 2 jornais por dia, as revistas veja e super interessante, além de muitos livros e gibis de história em quadrinhos. Com isso, acabei entrando nessa de comunicar. O primeiro jornal que fiz foi em mimeografo. Foram 2 edições que eu imprimia numa escola. Arrumava patrocínio para o papel. os 2 primeiros foi em formato A4 dobrado, 8 páginas (2 folhas dobradas. Eu adolescente e muito ativo. Aos 13 anos fui presidente do Grêmio Estudantil da escola de ensino fundamental no Gama, onde morei até 2004.
Bom, na 3ª edição do jornal “O Comunicante” já passei a fazer a impressão em gráfica, no chamado modelo offset. Apendi a diagramar e montar numa tecnologia chamado linotipo. Os textos eram montados letra por letra. Imagine como era demorado. Depois de 1 ano passei a montar numa máquina de composição. Ainda não tinha aplicativo no computador para criar essas colunas de jornal.
A tiragem em mimeógrafo era de 2.000 exemplares. No modelo impresso na Gráfica Gama Artes, do meu amigo Miltinho, eram 5.000. Eu consegui muitos apoios do comércio local. Eram um menino muito sério, estudioso, católico praticante e muito ativo.
A partir deste jornal fui amadurecendo e me articulei com muita gente boa da imprensa de Brasília.
Depois fui um jornal comunitário chamado Gama Notícia. Por conta dos estudos, tive que parar de produzir isso. Só em 1989 é que voltei ao jornalismo, a convite de alguns amigos, para participar do jornal comunitário Folha do Gama, quinzenal, que era impresso no formato standard ( de jornais grandes).
Aos 18 anos trabalhei no diário Jornal de Brasília, quando o diretor era o saudoso Oliveira Bastos, que havia fundado o Última Hora no Rio de Janeiro. Conheci o Oliveira Bastos através da Beatriz Castro, repórter da Globo em Brasília., que mora em Recife e casou-se com também repórter Francisco José.
Depois o Oliveira Bastos criou o jornal Última Hora em Brasília e me chamou para trabalhar com ele, fazendo reportagens nas cidades satélites focando as reivindicações da comunidade.
Até hoje fiz tantos jornais que já perdi a conta. Trabalhei para sindicatos, empresas e parlamentares produzindo jornais informativos.
Hoje é tudo digital. Ainda persistem alguns jornais impressos. Mas eu prefiro mesmo ler online, sem papel, sem tinta que suja nossas mãos e sem prejudicar derrubar árvores.