Governo leva drenagem e asfalto a setor empresarial do Gama

Máquina já estão abrindo as valas de drenagem

Quando decidiu investir em um terreno na Área de Múltiplas Atividades (AMA) do Gama, em 2015, o marceneiro Sebastião Pereira Lima apostava no crescimento do seu negócio. Construiu um pequeno prédio de dois andares, mas a falta de asfalto, luz elétrica e saneamento o impediram de transferir para lá sua marcenaria.

Cinco anos depois de projetos parados, o Governo do Distrito Federal (GDF) rompeu a burocracia que impedia a prosperidade de micro, pequenos e grandes empresas instaladas na região ao retomar as obras de urbanização, com drenagem das águas de chuvas e pavimentação, de diversos conjuntos de ruas no terreno criado para atrair investimentos e fomentar o desenvolvimento econômico do DF.

Este mês, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal (SDE), responsável por gerenciar a aplicação dos recursos nos cinco Setores de Múltiplas Atividades do DF, deu início às obras de complementação de tratamento e drenagem das águas das chuvas com a colocação de anilhas e bueiros, além da construção de lagoas de contenção. A etapa seguinte será a pavimentação, seguida da ampliação da rede de esgoto e expansão da rede de energia elétrica.

O prazo previsto de conclusão das obras de drenagem e asfaltamento é de até 180 dias, ao custo de R$ 3,861 milhões. As etapas seguintes de ampliação da rede de esgoto (R$ 1,5 milhão) e iluminação pública (R$ 508.438,00) serão feitas simultaneamente no prazo de 90 dias a partir da data de início.

O marceneiro Sebastião Pereira, do início dessa reportagem, está empolgado com as obras de infraestrutura na AMA do Gama – e com a possibilidade, enfim, de transferir para lá sua marcenaria. “Nossa Senhora, para mim não está tendo coisa melhor. Foram cinco anos de espera para, finalmente, colocar meus planos em prática e fazer valer todo meu investimento”, comemora.

s recursos para esses investimentos na AMA já estão disponíveis e são frutos de uma parceira do GDF com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A organização financeira internacional é responsável por investir US$ 50 milhões nessa e em mais quatro Áreas de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal: ADEs Materias de Construção, Setor de Indústrias e Centro Norte (as três em Ceilândia); e o Polo JK, em Santa Maria. O GDF entra com a contrapartida de US$ 21,430 milhões

Subsecretária de Apoio às Áreas de Desenvolvimento Econômico, Maria Auxiliadora França explica que ao disponibilizar toda a infraestrutura completa, a AMA do Gama terá capacidade de atingir seu objetivo que é atrair mais empresas, criar vagas de trabalho e decentralizar os empregos. “Isso possibilitará que as pessoas daquela região possam trabalhar perto de casa, gerando e fazendo circular a renda próximo de onde elas vivem e trabalham.”

A Área de Múltiplas Atividades do Gama tem 483 lotes – entre 125 metros quadrados e mil metros quadrados, com ocupação total ainda abaixo de 40%. São empresas que vão de ateliê de costuras, a clínicas de estética e oficinas mecânicas.

A chegada de novos negócios à região com a expansão da infraestrutura é aguardada com expectativa pela costureira Iracilda Siqueira. Empresária do ramo de confecção, ela ressente a falta de movimento na área comercial, mas acredita que as obras de melhorias vão dar visibilidade aos negócios que já estão instalados.

“Estamos muito felizes e otimistas com as novas melhorias que começam a ser feitas por aqui. Com o setor todo funcionando, será possível cumprir a definição para qual foi criada e melhorar os negócios em 90%”, aposta ela.